segunda-feira, setembro 12, 2005

Peço licença para deixar um poema para alguém muito especial para mim...

Minha Gérbera... vai ficar tudo bem.
Eu sei que vai.



***



POEMAS PARA A AMIGA
(Affonso Romano de Sant'Anna)

Fragmento 7

Estranho e duro amor
é o nosso amor, amante-amiga,
que não se farta de partir-se
e não se cansa de querer-se.
Amor todo feito de distâncias necessárias
que te trazem
e de partidas sucessivas
que me levam.
Que espécie de amor
é esse amor que nos doamos
sem pensar e sem querer com tanto amor
e tão profundo magoar? Estranho e duro amor
que não se basta
e de outros amores se socorre
e se compensa
e neste alheio compensar-se
nunca se alimenta,
mas se avilta e se desgasta.

Estranho amor,
ferino amor,
instável amor feito sem muita paz,
com certo desengano
e um desconsolo prolongado.

Feito de promessas sem futuro
e de um presente de saudades.
Chorar tão dúbio amor
quem há-de? Estranho amor
e duro amor
incerto amor, que não te deu o instante que esperavas
e a mim me sobejou do que faltava.

Um comentário:

Anônimo disse...

Agradeço por todo apoio, atenção, carinho...ah... por tudo! Mesmo...

=)