sábado, dezembro 31, 2005
Pára!!!! Pára tudo!!!
Pára o tempo, o ano, se possivel o mundo... pára pq eu quero descer! E se nao parar, cuidado ai em embaixo, pq vou me jogar!! Depois nao digam q eu nao avisei.
Está se tornando impossivel manter a cebeça no lugar, td gira, pra q montanha russa?! Uma semana na minha vida e mtos ficariam com o estomago revirado... Os 12 meses q caberiam em um ano estao no fim, mas os acontecimentos q caberiam ao ano ainda nao terminaram. Nao faço ideia do q estarei fazendo em 2006, cursinho, unb?! Mas qual curso? (quem roubou meus sonhos faça o favor de devolver...) Menos de um mes pros 18 anos Dela agora, deveriamos estar comemorando... E cade Ela? ... E onde estou eu??? Nao sei mais o q fazer e insisto em nao desistir e sei q posso acabar mto machucada... Ou ja acabei? Será msm q foi td em vão? Nao acredito, nenhum olhar foi perdido, nenhuma palavra a toa...Foi td sentido, ainda é td sentido. Nào devia acabar assim.
Pára, por favor, pára tudo!
sábado, dezembro 24, 2005
O que dizer? Esse ano foi um ano cheio de coisas estranhas, coisas inesperadas, coisas horríveis e coisas aceitáveis; cheio de ganhos e perdas e de vitórias e derrotas, como sempre. Apesar de ter sido um dos anos mais movimentados na minha vida, foi um ano meio vazio, um pouco triste e melancólico... de uma forma igualmente neutra. Odiei muitos momentos esse anos, fiquei feliz em um ou dois momentos, mas na maioria deles, nada senti. Nada é o adjetivo que dou para esse ano sem graça... Eu saio daqui meio sem chão, sem rumo, completamente sozinha sem saber para onde ir. As vezes penso se esse vazio eh consequencia de quem chegou na minha vida, tirou tudo que queria e nada deixou em troca, alias, em troca ficou somente um buraco, vazio. Espero que esse alguém ou volte aqui para colocar algo em troca ou pare de ampliar mais ainda esse vácuo que aqui deixou...
Uma coisa é certa: eu amo, mas amo alguém que não quer ser amada e nessa desventura de amor, acabo amando o nada.
Feliz Natal flores... E próspero Ano Novo também!
quinta-feira, dezembro 22, 2005
segunda-feira, dezembro 19, 2005
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2005/12/051219_gaybelfastg.shtml
Outro assunto muitissimo interessante é a CAPA da Veja dessa semana, Ana Carolina está linda dizendo que é Bi! Leiam, tá muito legal! Se vcs quiserem, proximo encontro eu a levo(a revista, não a AC hehehehe), pra gente ler e discutir.
Beijos floridos.
sábado, dezembro 17, 2005
segunda-feira, dezembro 12, 2005
sexta-feira, dezembro 09, 2005
quinta-feira, dezembro 08, 2005
Vamos começar o Jogo do "Verdadeiro ou Falso" das Flores.
Regras:
1. Postar sempre anonimamente.
2. Começar os posts com "Verdadeiro ou Falso?".
3. Indicar quando alguém acertar a resposta na seção de comentários.
4. Sacanear umas às outras!
Começando agora...
Verdadeiro ou Falso?
Uma das Flores admitiu não conseguir achar o clitóris da namorada.
quinta-feira, dezembro 01, 2005
(Cochichos na platéia, olhares de vergonha, sorrisos maliciosos.)
*** O início de tudo ***
Eu lembro de quando tudo era novo. Um ano atrás eu ficava pela primeira vez (pra valer) com uma menina. E tudo era fofo, lindo, gostoso e com frio na barriga. Eu parecia ter voltado aos 15 anos: se eu vinha usando e jogando fora qualquer homem que aparecia na minha frente, com ela era completamente diferente. Havia respeito e carinho - coisas que eu não via há algum tempo.
E eu, com 15 anos de novo, me sentia uma virgem. Não sabia o que fazer. O beijo já foi demorado para sair, e só saiu porque ela tomou a iniciativa. O resto, então, nada da minha parte. Eu ficava travada. E sabe que eu nem sentia vontade? Aqueles beijos eram suficientes pra me deixar extasiada. A sorte é que para ela não era assim, e de novo ela tomou a iniciativa pra mudar isso.
O que passa pela cabeça de uma hétero quando se depara com sexo lésbico? Eu pensava de tudo. No início, não via muita graça. Não sentia muito, sei lá, não sabia como ou o que fazer. As experiências eram sempre deliciosas e agradáveis, mas nada que me deixasse sem ar. Sentia falta de um pinto, admito. É tudo muito mais fácil quando se reduz sexo a uma penetração rápida e fim de papo. Com ela, era mais sutil, delicado, experimental. Às vezes, eu me pegava pensando "como assim eu tô beijando uma mulher?" Demorou pra eu conseguir olhar para o corpo dela e ter o maior tesão do mundo em cada particularidade. No início, bem no início, era estranho pensar que ela era uma mulher. É claro que eu nunca falei isso pra ela.
Lembro que, numa das nossas primeiras ficadas, ela comentou algo usando a palavra "transa". E eu, com aquele ar de entendida, fui concordando e continuando a conversa. Não é que a espertinha me manda na lata uma pergunta do tipo "o que você acha que é transar? A gente já transou?" E eu fugi da pergunta fingindo vergonha (eu, com vergonha!) e fazendo manha. Eu não tinha a menor idéia do que era uma transa entre mulheres.
Mais ou menos nessa época, eu li num site GLS uma mulher falando das delícias do sexo lésbico. Eu achei aquilo tão esquisito, tão "puxando-a-sardinha-para-o-meu-lado"! Não entendia muito qual era a do tal "amor entre mulheres". Para mim, até aquele momento, a parte foda de gostar de uma mulher era o louco envolvimento emocional. Mas sexo ainda era algo secundário...
Não sei bem quando as coisas foram mudando, mas elas não demoraram muito. Percebi que à medida que eu ia me acostumando com a situação, eu ia ficando mais confortável e começava a sentir mais. Penso que, se eu me sentia presa no início, era mais por costume de me ver como hétero do que pelos receios e travas de uma primeira vez ou pela possibilidade de não ser lésbica (ou bi, whatever). Na verdade, essa última nunca foi uma opção para mim: se eu gostava dela, me parecia óbvio que eu era, no mínimo, bi. Faltava só o corpo entender isso.
Hoje as coisas chegaram em um nível de intimidade, cumplicidade, sentimento e conhecimento que eu me peguei essa semana olhando para ela e pensando: "eu não quero mais transar com um homem". Tá, na verdade eu olho para ela e penso que eu não quero mais ninguém. Mas essa pala específica, de homens, aconteceu mesmo, e surgiu do nada. De repente eu percebi que não via mais graça em outras alternativas, e que tudo que eu poderia querer estava ali, bem na minha frente.
quarta-feira, novembro 30, 2005
Tive que ir tao fundo dentro de mim mesma em busca de auto-conhecimento, em busca do sentir, do viver, do ser eu. Conheci meu lado mais escuro, fui trevas, fui sofrimento, fui prazer... fui loucura, insanidade... afundei dentro da minha mente, fechei meu corpo e meu coraçao. Nao me arrependo, seria outra hoje nao fosse tudo isso, mas e se fosse diferente? Depois de tudo, as duvidas ficaram, num corpo parcialmente destruido, numa mente perturbada, num coraçao partido. Mas nao mais que o "normal", nao mais do que o suicidio diario de cada um, nao mais do que a auto-destruiçao ensinada todos os dias, quando nao podemos ser quem somos, nao podemos amar quem amamos, nao podemos viver, sonhar ou ser aquilo que queremos. Sou tao filha da sociedade quanto qualquer um presente, apenas morro mais a cada dia, por simplesmente nao ser fria como uma maquina, ou cega como as massas, ou muda como cada coraçao que foi despedaçado. E antes que fosse tarde demais, que eu passasse a ser o descarte dos padroes, descobriram em mim a luz, aquela tao falada um dia, ja passado, e tao sutilmente escondida no submundo da minha mente. Foi como um filme, eu, de novo, reconhecida pela mente, pelo corpo, enfim havia achado uma essencia dentro dequilo que antes só serviria para apodrecer na terra, voltando para o lugar de onde veio. De repente fazia sentido, havia motivo para sorrir, e para viver. Nao leve esse viver ao pé da letra, vai muito alem deste estado fisico, pré-morte. Viver é sentir, é se tornar responsavel, é assinar com sangue aquilo que se faz nessa vida.
E como pode ser doce e amargo o gosto da descoberta. Realizar que nao se é nada sozinho, pois a parte que te falta esta em outra pessoa. E ao reconhecer nela a si proprio, estar agredindo e libertando o lado mais sombrio e primitivo daqueles que vos rodeiam.
Amar. Acima de tudo que é vivo e válido, amar. Pois almas nao tem sexo, nao tem regras, e corpos sao um mero acaso. Nao uma falha, mas uma pedra no caminho do destino, que deve ser superada, percebendo que nao podemos viver nada alem de nossas proprias vidas, e mesmo que tentem invadi-las, o tempo se encarregará de separar os caminhos daqueles que se atrapalham e unir os daqueles que se amam.
A calma fará das horas de mais desespero se tornarem um motivo a mais para lutar e ao sentir seu coraçao acelerado lembrar que nao está sozinha, que a parte que te falta te liga àquela que sobra e assim une duas pessoas, para que juntas possam fazer algum sentido.
Caso contrario, estarao perdidas nesse vasto universo, à espera de qualquer coisa que as faça sentir.
(adoro...)
segunda-feira, novembro 28, 2005
Nao sei o q significa, mas acordei com a estranha sensaçao de renovaçao, de q nao posso desistir de nd. Acordei amando mais. (avaliaçao da Margarida: só uma pessoa me atinge, apesar da importancia das outras, só essa me faz sentir.)
PS: as flores andam com noites agitadas... Que bom q VC descobriu o blog!
sábado, novembro 26, 2005
quinta-feira, novembro 24, 2005
Andei mto preocupada com o q os outros pensam nos ultimos dias, ate por influencias de familia e coisas do tipo... nao estava mais conseguindo me impor, estava deixando q a hipocrisia me levasse. Entao senti q tava mais q na hora de chutar o balde de novo, eu estava sedendo e akilo nao podia continuar assim. Pintei o cabelo de azul/verde. Mta briga em casa. Choque de opinioes. Eu entrando em crise. Um inferno.
Entao, caminhando hj na rua comecei a observar as pessoas, a forma como me olhavam, as caras de espanto e ate, as vezes, admiraçao. Como agir deante disso? Me senti mtas vezes insegura, e sem saber o q fazer, apenas sorri. Sorri pra tds q passavam, pros q olhavam com kra boa, de kra feia...apenas nao me importava mais. E só ai pude realizar algo q amto tempo nao pensava, td depende da sua atitude. De repente, akela coisa de moicano azul, kra de menino e sei la mais o q, se tornava uma pessoa... pq roupas, moicanos... nao sao uma pessoa, mas um sorriso com certeza fala mto de vc. Relembrei q as pessoas só podem te atingir se vc deixar... (e meu ponto fraco com certeza nao é nd disso...)
Perdoem a viagem, espero q td faça alg sentido...
Beijos
terça-feira, novembro 22, 2005
Chega de guardar, chega de mascaras, chega de ser mecanica, chega de fingir. Sinceramente, eu não sei o que pode estar acontecendo comigo, mas sei de onde vem: explosão de sentimentos. Estou cansada de fingir que eu to feliz com a vida que eu to levando; de fingir que eu to feliz sendo tratada do jeito que estou sendo; de fingir que tudo vai ficar bem; de fingir que estou feliz com pouco. Não, meu amor, estou péssima! Tô cansada de ser tratada como lixo, como algo qualquer, como um brinquedinho, como alguém que tolera qualquer errinho. Será que ninguém ver que existe um ser humano aqui dentro?! Será que ninguém repara que existem sentimentos forçadamente adormecidos aqui dentro?! Cansei de sofrer em segredo, cansei de ser tratada sem valor algum. Cansei. Você está próxima de me perder pra sempre; e você está próxima de perder minha solidariedade. O que sou eu? Opção eterna? Segunda opção? Estou de molho, é?! Cansei mesmo. E cara, estou sofrendo há muito tempo em função de sua luxúria egoísta. Se existe algum sentimento de amor/amizade dentro de você aí, por favor, não me trate mais assim... =(
sexta-feira, novembro 18, 2005
Eu precisava muito de voce, por isso liguei. te liguei assim que cheguei em casa. Eram 9:02h... continuei chorando e esperando voce ligar, porque vc tinha atendido. esperei por 21 minutos e vc nao me ligou de volta...
Eu só precisava que vc ligasse pra eu pedir q me ligasse depois de levar o JL... eu soh precisava desse apoio rapido. mas vc preferiu ignorar... depois de 21 minutos eu liguei denovo... às vezes tinha dado problema né... nao... chamou normalmente. mas soh deixei tocar uma vez. nao era mais pra vc ligar. nao quero mais falar com vc... eu precisei de vc, e vc nao estava disponivel pra mim. eu preciso de vc, e vc pouco se importou com minha voz de choro ao telefone. nao quero mais falar com vc. nao quero mais te ver hj. to mto mal, mto triste, mto magoada. e precisava de vc. e vc nao estava disponivel pra mim. vc nao tah disponivel pra mim. eu soh precisava te dizer q precisava falar com vc. soh precisava dizer que necessitava q vc ligasse pra mim depois de dxar o JL... eu precisei de vc... e nada.
domingo, novembro 13, 2005
Nao queria colocar aqui um testemunho... por isso nunca postei.. Queria poder colocar algo mais dinamico ou mais "util" pra todo mundo!
Mas realmente nao eh meu perfil, deixo essa parte pra nossas flores criativas!!! Deixo entao, soh um acompanhamento da minha vida hj, amorosamente falando... uma vez que, pra quem nao sabe ainda, tive o mais maravilhoso "renascimento" de relacionamento, exatamente na virada dos famosos 30 meses! E agora, tudo sao flores pra mim! Claro que com probleminhas tecnicos, mas sempre tudo terminando perfeitamente bem!
Sei que nao eh nada util pro mundo neh, mas... fazer o que!
Aproveito tb esse post pra lembrar que PRECISAMOS de uma reuniao das flores!!! Assim... bem em breve! Ja enrolamos demais!!!
Entao, nos comentarios, vamos ver se resolvemos alguma coisa quanto a isso!
Beijinhos pra voces todas, e gosto demais de voces viu? Mesmo que achem que nao, viu dona Margarida???
=**
quarta-feira, novembro 09, 2005
[Aviso: post grande, abstrato e chato]
O que eu espero da pessoa que eu amo? Hm... Para mim, ela precisa ser bonita, inteligente, carinhosa, divertida, compreensiva, fiel, foda na cama. Tem que gostar de dançar e precisa ser ao menos um pouquinho ciumenta. Não precisa sair com as minhas amigas, mas tem que gostar delas. Tem que ter algo que eu admire loucamente, e de preferência ser mais ou menos da minha idade (meu histórico de namoros e ficadas mostra que eu funciono assim - não pergunte por que.) Ela precisa ser sincera e tem que me conhecer como ninguém. O namoro tem que parecer que foi enviado dos céus, necessário e indefinível, e precisa existir alguma conexão mágica e espiritual. Ela tem que ser alguém de quem eu me orgulhe, e eu olhe e diga "uau, como ela é incrível! Como eu fui conquistá-la?" - e isso tem que perdurar o namoro inteiro, pra que eu tente ganhá-la de novo todos os dias... ela tem que ser fofa e boba, mas também madura e responsável, para me equilibrar às vezes e me dar apoio. Ela precisa saber me consolar. Ela precisa gostar muito de mim, muito mesmo, porque eu sou uma das pessoas mais carentes que eu já conheci na vida. Ela precisa ser paciente, porque eu posso ter um ritmo muito meu quando se trata de sentimentos... ela precisa ter certeza de que quer estar comigo, pra que eu possa me entregar sem medo - e por mais que essa certeza mude amanhã de manhã, eu preciso sonhar hoje que é para sempre. Ela precisa ser uma boa nora, e tem que gostar de comer besteira comigo. A gente precisa gostar dos mesmos programas e criticar as mesmas coisas/pessoas. Ela precisa ser parecida comigo, mas não muito, porque meus orgulhos e arrogâncias me impedem de que eu goste de alguém que se pareça muito comigo. Ela precisa ser forte e independente, mas tem que pedir minha ajuda de vez em quando pra eu me sentir necessária. Ela tem que me dar carinho. Ela tem que gostar de madrugada e de piano e de...
Essa seria a minha namorada perfeita. Com mais mil características que eu não vou colocar aqui, senão isso não terminaria nunca. Mas, como todos sabemos, a namorada perfeita não existe. Não numa receita de bolo como essa, na qual nem eu sei dizer muito bem quais são as medidas ideais de cada ingrediente. E, se bobear, se eu achasse a namorada perfeita, das duas uma: ou ela me jogaria fora na primeira oportunidade, porque eu não sou *nada* perfeita, ou eu enjoaria e terminaria. É, eu ainda sou uma romântica idiota fadada ao fracasso que acredita que "amor só é bom se doer"...
Anyways, eu escrevo aqui porque tem uma coisa martelando na minha cabeça. Passo 1, a pessoa perfeita não existe. Ok, já admiti isso. Mas eu não consigo vencer o próximo passo: o que é absolutamente necessário que o outro lado seja? Ou seja, do que eu posso abrir mão nesse meu ideal impossível?
Exemplo. Meu último namoro foi com um cara (sim, um homem!) que não sabia me consolar at all. Não era nada ciumento e não dançava nem música eletrônica, que teoricamente é só se jogar e pronto. Não havia nenhuma incrível ligação espiritual entre nós, e o menino, ainda por cima, era vegetariano. Mas, mesmo assim, ficamos juntos por mais de 2 anos, num namoro muito legal. Acho que naquela época eu o aceitava, e por isso o namoro dava certo. Hoje - não sei bem a razão -, mas hoje eu quero o mundo. Sofro porque minha namorada não preenche todos os pré-requisitos que eu inventei na minha cabeça, e a faço sofrer porque eu a cobro de uma maneira horrorosa... mas... não sei, alguma coisa me trava. Dessa vez, alguma coisa me faz sofrer de verdade, e me faz achar que esse sofrimento é compreensível e normal. Será que dessa vez algum "pré-requisito" fundamental foi abalado? Ou eu só estou sendo egoísta e estou apaixonada por um reflexo, pela sombra de alguém maravilhosa? Porque amar alguém "apesar de..." é a pior maneira de amar. E pela primeira vez eu pensei que não sei como eu a amo...
Eu queria dizer que a amo loucamente e acima de tudo na vida. Mas se isso fosse verdade... se isso fosse verdade, eu não a machucaria assim, como eu venho fazendo. O que eu amo nela? O que eu mudaria, se pudesse? As coisas que não são exatamente o que eu queria que fossem são tão absurdamente necessárias assim? Ou eu posso lidar facilmente com o que "falta" e ficar feliz com os milhões de qualidades dela? Ela também passa por cima de muitos defeitos meus, e acho que eu nunca reconheci isso. E, nesse caso, eu nem estou falando de um defeito, apenas de desejos incompatíveis...
Ultimamente é só isso que ocupa minha cabeça... e eu não consigo chegar a uma resposta.
Desculpem pelo post abstrato, mas acho que não vem ao caso dar nome aos bois. Na verdade, até acho que as coisas são mais claras assim...
segunda-feira, novembro 07, 2005
Me sinto fragil, sensivel, vulneravel... é estranho se parecer tanto com alg, se encontrar tanto fora de vc... e ao mesmo tempo q está td perfeito entre nós, o mundo caí la fora... e ver q as pessoas nao estao sendo legais com vc, logo akelas q tinham q te dar apoio, me faz sofrer tanto... te ver tao vulneravel qnto eu, tendo q passar por situaçoes tao dificeis em tao pouco tempo e mtas vezes sem ter informaçoes suficientes pra avaliar se é certo ou errado é revoltante. E essa sua capacidade de arrancar meus sentimentos de mim, fazendo-os ficar a flor da pele, praticamente entregues a vc.
Td q eu queria era q o abraço de hj fosse eterno, q akele bjo torto nao tivesse fim... queri tempo pra ouvir seu coraçao tao de perto, pra ter seus olhos tao juntos aos meus...
E tlz pra qq leitor nd vá fazer sentido... tlz nd realmente faça sentido agora, tlz eu só consiga fazer sentido qndo a parte q falta de mim me der as maos novamente.
domingo, novembro 06, 2005
Minha vida tá ótima (fora o vestibular e as pressões da minha mãe, o que eh normal), tá feliz, alegre, leve... entretanto, ela não tá intensa! Isso, falta intensidade nela!! Cara, eu to adorando todas as novas oportunidade e experiencias que eu to tendo agora, mas parecem não me preencher por dentro. Eu virei alguém sem sentimentos, sem um motivo maior que me faz ou chorar ou sorrir... se bem que, entre chorar e sentir nada, no momento, prefiro não sentir. Será que foi o coração muito partido? Será que saturei me dar para o amor? Apesar da minha mente estar aberta, meu coração permanece fechado e quieto. Mas sabe de uma coisa? Daria tudo por uma boa causa! Daria qualquer coisa por uma loucura q vala a pena! AHHHHHHHHHHHHH... preciso de emoções fortes para sentir a vida à flor da pele novamente!
Sério, minha alma pede mais!
Beijos, flores.
quarta-feira, novembro 02, 2005
ontem eu me apaixonei denovo...
Eu acho incrível a capacidade qu uma pessoa tem de te fazer se apaixonar mais por ela a cada dia que passa!
E o mais impressionante, para mim, eh q há pouco estávamos em meio a uma crise da qual eu, sinceramente, nao achei q fossemos sair... Choros incontidos no meio da madrugada, durante 7 dias nos afastamos. A princípio porque era necessário, mas depois, porque percebi q estava me cansando... Cansando dela, do relacionamento q já dura 2 anos e meio, de ter q ligar toda noite e sempre ir dormir chateada, de simplesmente nao estar disponivel, ou da sensação de que o amor tinha caído na rotina?
Definitivamente a última opção...
não há nada pior que a rotina, para um relacionamento a duas... Com a rotina vem o costume de estar sempre juntas, que substitui a VONTADE de estar sempre juntas. Com a rotina vem a falta de sexo, e nem sempre a gente se abala muito por isso: "Casamos", costumamos dizer.
E entao, perto do fim (pelo menos na minha cabeça), veio um e-mail... ela me escreveu como nunca tinha escrevido antes! Foi um e-mail cheio de emoção, de dor e de esperanças ao mesmo tempo. E mesmo pela fria tela do computador ela pôde compartilhar comigo o turbilhao de sentimentos, medos e planos que estava dentro dela! Tive um estalo: " o que que eu tô fazendo? o que tá acontecendo com aquele amor que ultrapassou barreiras, sobrevoou precipícios, nadou mares abertos e desbravou florestas? O que tá acontecendo com aquele amor que me deu forças pra lutar contra o preconceito dentro de casa, que me deu forças pra superar a maior decepção da minha vida?"
Nesse dia eu me apaixonei denovo. E ontem, principalmente, eu me apaixonei denovo.
Ontem tinha tudo pra ser um dia comum, um dia de rotina. Começou bem, tava legal, tivemos uma pseudo-briga no vestiário da academia, fikei puta.... mas aí eu pensei: pra que ficar puta? pra estragar a noite que ainda nem começou? deixei esse sentimento de lado. fiquei com a vontade de estar com ela, de passar uma noite agradável com ela.
Encontramos alguns amigos, fomos pra um bar... Brincadeira vai, bricadeira vem, uma dose de cachaça pra cada, muito guaraná e bolinho de provolone: Opa! Temos q buscar M.! Camélia levanta e diz: Dama, não vem comigo nao? Claro meu amor, respondi. E lá fomos nós, além de Hortensia e um amigo. Na volta, aqueles olhares... Adoro quando ela me olha assim... o povo desce do carro e nós duas nao... Podem ir! a gente diz...
Foi tudo!
Meia hora depois a gente aparece lá no bar... Com a cara mais lavada do mundo!
E depois, com o carro parado na frente da minha casa, ficamos um tempao ainda, relembrando a época em que nao eramos rotineiras! E foi maravilhoso!
De noite, liguei pra ela. E pela primeira vez, depois de muito tempo, fomos dormir "em alfa", como diz ela, com aquela sensação maravilhosa de estarmos realmente juntas, num só corpo, mesmo a alguns quilometros de distância!
Camélia, minha gatinha linda, eu te amo mais do que tudo nesse mundo! Você é simplesmente o presente mais perfeito que Deus me deu! Obrigada por me fazer só sua e ser só minha! eu te amo, vida!
PS: e valeu pra cachaça que deu asas à minha lua escorpião e ao nosso vênus em escorpião!!!!!!
terça-feira, outubro 25, 2005
Êta série boa!
Cenas dos próximos capítulos: análise astrológica de cada personagem. A pergunta que não quer calar: qual o signo solar da Shane?
segunda-feira, outubro 17, 2005
Antes de tudo, deixa eu fazer minha propaganda: http://www.paroutudo.com/colunas/avulsas/051006_mulher.htm
Bom, eu tenho algumas coisas pra falar de mim. A viagem semana passada foi ótima e me fez pensar em um monte de coisas. Como minha família inteira é de lá e meus pais são figuras públicas (e eu ainda não me assumi, até porque eu não sei *o quê* assumir), eu tinha combinado com a minha mãe de não dar pinta. Nada. At all. Nem mãos dadas, nem olhares carinhosos-demais-para-amigas, nem viver abraçada. Ok. Minha mãe não falou nada a respeito, mas eu sabia que isso incluía não ir em lugares GLS. Sem problemas.
Eu concordei com tudo porque achei mais sensato. Não poderia sair dando pinta quando toda e qualquer atitude minha chegaria eventualmente aos ouvidos de meu pai, que por enquanto nada sabe. Imagina a confusão! Passamos então 5 dias sem dar a menor pinta, nem dentro de casa.
... por incrível que pareça, a experiência foi gostosa. Cada momento a sós era maravilhoso, e cada vez que a gente "esbarrava" uma na outra a gente sorria por dentro. A cumplicidade aumentou, nós ficamos numa sintonia diferente, única, só nossa. Mil piadas internas e encheções de saco de propósito. Tudo muito bobo e divertido... fofo.
Mas então, eu nem tava falando da viagem pra dizer como foi bom. Eu comecei a falar porque me deu o estalo de "nossa, como visibilidade importa". Nós não víamos gays nas ruas. Lésbicas, então, não existem. Meu irmão nos falou isso: lésbica não existe aqui. Ninguém vê, ninguém fala nisso. Gay, você ainda vê as bichonas loucas que mesmo que queiram não conseguem não dar pinta. Sapas, nenhuma. Não existem.
É claro que existem bares e boates GLS. Mas como nós não podíamos ir, ficamos com a impressão de que não existia nenhuma criatura que não fosse hétero. E aí fico pensando... será que a solução é mesmo se "esconder" nos guetos? Eu sei que precisamos de lugares para nós, lugares que nos aceitem integralmente. Mas não podemos ficar *só* nos ambientes GLS. O mundo não vai nos ver, pelo contrário: vai ficar feliz com a segregação, "quanto mais longe, melhor". Precisamos aparecer... se não existimos, como podemos ser aceitas?
(Acho que foi só semana passada que fui entender, de verdade, a importância de pessoas como a nossa Violeta. Será que quando eu crescer eu fico assim? *sorriso*)
[Deve até soar hipócrita um discurso de "vamos às ruas" quando eu não consigo sair do armário nem dentro de casa. Mas eu espero que vocês, como minhas amigas, entendam que cada pessoa tem seu tempo, e que meu tempo de agir só vai chegar quando se sedimentarem as minhas certezas. Até lá, eu penso, escrevo, repenso, reescrevo e, mais importante, vou sentindo. O que me leva, no fim das contas, é o amor...]
segunda-feira, outubro 10, 2005
Beijos à todas.
sábado, outubro 08, 2005
Ontem, do nada, eu e uma amiga minha ficamos com outra amiga nossa; dividimos uma garota, cada uma beijava-a alternadamente, a cada 5 minutos. Foi muito legal, até porque fizemos isso no meio do cinema com muita gente vendo, nem um pouco discreto. Depois, nos pegamos no banheiro de deficientes, uhahuahuahuhua, muito foda!!!
Depois, eu acordei e fiquei pensando: logo eu q dou o maior valor pra sentimentos e beijos íntimos?! Bem, mudei meu ponto de vista sobre isso, o sentimento é algo tão maior, tão profundo que eu nunca iria 'me pegar' casualmente com quem eu amasse e muito menos faria disso algo divertido. Não. Agora, estou ampliando minha visão de mundo, o que tá me fazendo muito bem. Finalmente estou pronta para seguir novos caminhos. E nossa, ontem foi foda!!! =]
Beijos a todas.
(ps: um pequeno aviso, o show que ia ser dia 11 foi adiado para dia 18, então as pessoas que não poderiam ir, têm uma nova chance de assistir!)
quinta-feira, outubro 06, 2005
"A mulher nasce livre e permanece igual ao homem em direitos. (...) Esses direitos inalienaveis e naturais são: a liberdade, a propriedade, a segurança e sobretudo a resistencia a opressão. (...) O exercicio dos direitos naturais da mulher só encontra seus limites na tirania que o homem exerce sobre ela; essas limitações devem ser reformadas pelas leis da natureza e da razão."
(Olympe de Gouges)
Qnto mais estudo, mais vejo o qnto as mulheres têm força., apenas não descobriram isso por completo ainda. Se quisermos, o mundo pára.
E aí, prontas para uma revolução?
sábado, outubro 01, 2005
* Sobre a mulher-macho - Parte 2 *
Olá, meninas! Estou de volta com a defesa à mulher-macho. Como tem muita coisa pra ser dita, vou fazer posts em doses homeopáticas para não cansar ninguém (nem a mim mesma). Vamos à primeira pergunta:
1. Qual o problema de ser uma sapa-bofinho? Qual o problema de se vestir como homem e se comportar como homem? Qual o problema de não ser "delicada" como uma menina deve ser? O que uma menina deve ser?
Encontramos muito preconceito contra as lésbicas com aquela famosa frase: "não tenho nada contra ela ser lésbica, mas ela precisa ser masculina?"
Essas frases possuem um conteúdo muito forte, que às vezes nem percebemos. Ao criticar a dita "masculinidade" de algumas lésbicas, vemos uma tentativa de restringir certos comportamentos que não estão dentro dos que são considerados "naturais" em nossa sociedade. Recapitulando: meninas são educadas para serem de um jeito e meninos de outro. Meninas crescem ouvindo que são "naturalmente" mais sensíveis, vaidosas, recatadas, enfim, mais femininas. Meninos devem ser mais competitivos, racionais (homem não chora!), garanhões - atributos considerados masculinos. Nada errado nisso - é apenas mais uma visão entre tantas no mundo do que é ser macho e fêmea. Porém, uma visão que nos é vendida como verdade absoulta, ao ponto de sermos bombardeadas a todo momento com explicações biológicas que expliquem essas diferenças entre homens e mulheres como "naturais".
No momento em que invertemos essa ordem "natural", somos vistas com maus olhos. E entre as lésbicas, é comum ver essa ordem "natural" ser invertida na aparência. Somos vistas como masculinizadas na maneira de vestir e como pouco vaidosas. Como pode uma menina ser descuidada da aparência? Por que se vestir de uma maneira masculinizada?
Para responder a essas perguntas sobre vaidade e feminilidade/masculinidade, precisamos entender o que querem dizer essas palavras. O que é a vaidade, ou o "cuidado com a aparência"? Falamos em vaidade como algo positivo, até ligado à higiene. Ninguém nos lembra que esse "cuidado" acaba sendo uma corrida para copiar os modelos de beleza, e não uma busca pela beleza real (hehe, propaganda da Dove isso). Se uma menina não gosta de usar maquiagem, ela "não se cuida". Se ela não se sente confortável usando decotes, ela "não é feminina". Se ela prefere conviver com seus quilinhos a mais, sem ligar para a obrigação de viver de dieta para ser como as anoréxicas top-models, ela "não é vaidosa". Pobres de nós, presas a um modelo inalcançável de beleza!
Mais do que pouco vaidosas, as lésbicas são vistas como masculinizadas. O que é ser masculina? Se pararmos para pensar um pouco (pouco mesmo), vamos ver que a definição de masculinidade é mutável. Há pouco tempo, usar calças era sinônimo de lesbianismo. Como exemplo, imaginem que minha mãe precisou lutar em casa para usar calças em plena década de 70. Isso era impensável, afinal, calça era apenas para homens! Hoje todas usamos calças, e isso não é mais visto como sinal de masculinidade. Porém, usar uma camisa de botão ainda é ser "masculina". O que não quer dizer que, daqui a alguns anos, ainda seja assim. É claro que as coisas só mudam quando tem gente lutando por mudança, e eu volto a isso mais tarde. A minha pergunta, agora, é essa: qual é o problema de ser masculina?
Eu gostaria muito de responder que eu não vejo problema nenhum em uma garota masculina. Mas a quem eu quero enganar? Eu ia preferir ficar com uma garota "delicada" e "feminina" do que ficar com uma "masculina". E isso porque estamos tão acostumadas a achar ruim e estranha essa "confusão" entre os sexos que preferimos ficar dentro dos padrões aceitáveis. E aí que vem a minha defesa à mulher-macho: elas são as sapas mais corajosas. Vão contra tudo e todos, enfrentando não só o preconceito de amarem outras mulheres, mas o preconceito por serem "quase-homens", sendo discriminadas até pelas bolachas mais "finas". Elas não se sentem obrigadas a serem delicadas, sensíveis e gostosas. Costumam ser competitivas, usam roupas de lojas masculinas, falam grave e muitas vezes têm fama de pegadoras. Tem como inverter mais? Acho que não. Elas são a própria essência do contrário. Elas conseguiram sair da pressão da mulher-perfeita. Elas descobriram que não precisam ser como os outros querem que elas sejam. Se libertaram da obrigação de amar um homem e dos sonhos impostos de casar e ter filhos. Encontraram uma alternativa de vida fora do convencional. Lutaram pela própria felicidade contra o mundo e, mais difícil ainda, contra elas mesmas. E, depois de transformar tantos conceitos dentro delas, usar uma camisa de botão é algo muito pequeno, porém muito simbólico. A masculinidade da mulher-macho é mais que uma maneira de dar pinta. É a representação visual de conceitos e comportamentos. É assumir para todos, e para si mesma, um estilo de vida.
Se não fossem essas mulheres corajosas, nós não teríamos a liberdade (pequena, sim) que temos hoje. Nós nem existiríamos, pois seríamos invisíveis. Aqui no Jardim podemos estar no anonimato, mas é um anonimato ativo - pelo menos é como eu vejo. E se podemos falar sobre nossos amores tão "fora do comum", é porque muitas antes de nós já deram a cara a tapa para gritar ao mundo que sim, nós estamos aqui. E não queremos mais nos esconder.
E viva a Mulher-Macho!
[Peço a compreensão de Violetas entendedoras do assunto e Gérberas estudantes de ciências sociais pelo discurso pseudo-intelectual. Juro que procurei ser coerente e não falar muita besteira no estilo "mamãe-quero-ser-ativista".]
domingo, setembro 25, 2005
Estava conversando com um amigo meu e ele fez uma referência a uma conhecida que "parecia um menino". Perguntei na hora: como assim, parece um menino? Só por que ela namora outra menina? Na hora, ele respondeu que não. Argumentou que eu, por exemplo, namorava outra menina e não parecia um menino. Claro que eu continuei o assunto para ver o que eu poderia encontrar...
Não vou contar aqui detalhes da conversa. Acho que não é isso que importa. O que é interessante de se notar é como as tais "mulheres-machos" (meu Deus, eu sou terrível com plurais de substantivos compostos. Help me.) são vistas como se estivessem tentando ser o que não são - leia-se: homens. As sapas bofinho são as garotas que queriam ser homens, que se vestem como homens, falam grosso, são "toscas", "trashes", e tantos adjetivos mais. São vistas como se estivessem "forçando" algo, como se aquele modo de vestir não fosse autêntico ou próprio da personalidade delas, e sim algo que elas buscam fazer para conseguirem o papel de homem num relacionamento mulher-mulher.
Ouvindo tudo isso, me vem tanta coisa na cabeça que nem sei como organizar meus pensamentos. Como isso aqui é um blog, ou seja, um site informal, eu vou lançar as várias dúvidas que surgiram:
1. Qual o problema de ser uma sapa-bofinho? Qual o problema de se vestir como homem e se comportar como homem? Qual o problema de não ser "delicada" como uma menina deve ser? O que uma menina deve ser?
2. Ser uma mulher-macho faz de mim menos mulher? O que é ser mulher?
3. As tais mulé-macho estariam forçando alguma coisa ou elas são assim mesmo?
4. Entrar para o clube do estereótipo é o caminho natural na hora de se assumir lésbica? Ou é apenas o caminho mais comum?
5. A típica mulher-macho está querendo reproduzir padrões de relacionamento em que um lado é o Homem (forte, decidido, racional, ativo) e o outro é a Mulher (frágil, sentimental, delicada, passiva)? Se está, por que ela busca isso? Esse é o melhor padrão de relacionamento que existe? É o padrão que deve ser seguido por todos os casais? Ou é apenas a única maneira que ela conhece de se relacionar?
Vou ficando por aqui e deixo essas perguntas para vocês refletirem. Volto mais tarde com a "parte 2", com as minhas respostas pessoais para cada uma dessas perguntas, para confrontarmos opiniões.
Beijos a todas,
Orquídea.
segunda-feira, setembro 19, 2005
Quanto eu apito?
Às vezes eu acho que apito mais como bicha do que como sapa. Mas vejamos... nossa, é tão mais fácil falar dos outros! Exemplo: a Hortênsia apita com certeza como "alternativa moderninha". A Margarida apita nesse mesmo campo, um pouquinho menos, mas com o adendo do "bonita demais para ser hétero" (paguei pau agora, hehe) A Violeta é a nossa bandeira GLS ambulante; andar ao lado dela é assumir ser, no mínimo, um S. A Dama-da-Noite é a própria bolacha Trakinas (e ainda canta Cássia Eller e Ana Carolina!). E a Camélia... bom... a Camélia... tá, taí uma que não apita nada. Mesmo. Não sei como, mas ela consegue essa proeza.
E eu? Bom, eu acho que vou pensar um pouquinho, receber umas reclamações por ter rotulado todo mundo, e depois eu volto.
Beijos a todas,
Orquídea
Hj almocei com algumas amigas e estávamos conversando exatamente sobre isso: gaydar, o radar gay! Antes de olhar para sua(seus) colegas de time, analise si mesmo, se vc se visse andando na rua, quanto iria apitar?! Alias, eu sabia um link que faz o teste gay com vc, mas infelizmente não o tenho mais! (O meu deu 60%, acho que é por aí mesmo, né?!)
=]
Bem, pensei em começar com um papo psicológico que direcionasse meu interesse diretamente à pessoa alvo; algo do tipo 'quero mudar minha vida, me ajuda?'. Daí, faria uma surpresa com algo característico e único da pessoa, como o chocolate preferido (que já é algo pseudo-erótico, nao? hahahaha!!), aquela surpresa de 'fecha os olhos e abre a boca'. Bem, feito isto, diria q tinha outra surpresa...aí a pessoa já confiante fecharia os olhos esperando...talvez, uma outra guloseima...e essa é a hora que dou-lhe o fatal e tão esperado beijo. Supondo que seja recíproco, aqui temos um final feliz! Hehehehehehe!!
(vou testar e depois digo se dá certo! Contarei os detalhes brevemente se funcionar!)
E vcs? Oq vcs fazem?!
Beijos Garotas!
sábado, setembro 17, 2005
Ainda há pouco eu passei no flog de um amigo meu e vi o post mais fofo dos últimos tempos: uma foto dele e do namorado, casal recém-formado, numa foto bem espontânea, linda. No texto embaixo da figura, comentários bobos e eufóricos do início da paixão e uma letra de música do Cazuza. Lembrei de tanta coisa na hora...
Lembrei de tudo que eu sentia no início, da felicidade, da descoberta, do medo ignorado/escondido, das vontades, da leveza. Saudade de um amor tranqüilo...
Como as coisas ficaram tão pesadas? Tudo me parece hoje tão confuso, estranho, dolorido. Não deveria ser assim! Não deveria doer...
Deveria ser leve... sempre...
Uma coisa que minha antiga psicóloga havia me dito, (e que por sinal a Elis Regina falou pra Maria Rita quando ela era criança, olha que tudo!) era para eu nunca perder a minha leveza. Será que eu ainda sou como eu era? Ou eu perdi a tal leveza?
Talvez eu realmente esteja... como era mesmo a palavra? Era algo como "aumentando", "exagerando" tudo. Falo isso como uma possibilidade real, sem ironias ou mágoas implícitas. Pode ser isso mesmo. Não sei se pelo acúmulo, se pela época, pela inexperiência ou sei lá por que outras razões. Mas eu posso estar mesmo vendo só as partes ruins...
Mas... eu queria tanto sentir de novo o que eu sentia!! Não que o sentimento tenha se perdido... muito pelo contrário, ele está maior a cada dia. Mas ele está apertado, angustiado, medroso. Inseguro. Sem coragem...
Eu mudei muito. Onde estão todos os presentinhos e todas as surpresas que eu fazia? Talvez numa tentativa de "equilibrar" a balança (não sei qual... talvez a balança que eu inventava na minha cabeça), eu fui deixando de fazer muita coisa. Sempre culpando a "insegurança"... podia culpar a verdade: incompetência minha em lidar com o outro lado. Ou amor insuficiente. Ou outro motivo. Mas não, sempre "terceirizando" a culpa. Sendo honesta agora: a culpa é minha. E dela, também, mas apenas no que se refere a ela. Eu digo que a culpa é minha por ter deixado morrer a leveza, a fantasia, o calor interno.
O sentimento gostoso do comecinho ainda não foi embora. Está aqui, resistindo, apesar de todos os meus esforços para mandá-lo embora (não-conscientes, óbvio.) Está abafado debaixo de tanta sujeira psicológica minha. Mas dá para trazê-lo de volta. Ainda consigo ouvir uma música e lembrar imediatamente dela, e ainda sinto a maior calma do mundo quando ela me liga para dar boa noite.
Ainda consigo deixar scraps inúteis no Orkut dela, e também consigo tacar o foda-se para o medo de arranjar flores e bombons e ir para a casa dela quando eu nem sei se ela estará lá. Ou escrever um cartão apaixonado quando eu nem sei como ela vai voltar de viagem...
A transformação é possível... mas será que ela quer isso?
Contando hoje como sábado, ela chega amanhã. O que eu vou dar para ela?
[Desculpa, meninas, estou monopolizando o Blog. Prometo que paro com isso.]
sexta-feira, setembro 16, 2005
Encontro Brasileiro de Gays abre inscrições nesta quarta-feira
http://mixbrasil.uol.com.br/mundomix/centralplus/noticia.asp?id=3132
GNT estréia nova série gay
http://mixbrasil.uol.com.br/mundomix/centralplus/noticia.asp?id=3151
Governo inglês divulga união civil de homossexuais
http://mixbrasil.uol.com.br/mundomix/centralplus/noticia.asp?id=3154
... e notícias ruins
Vaticano procura padres gays nos Estados Unidos
http://mixbrasil.uol.com.br/mundomix/centralplus/noticia.asp?id=3147
quinta-feira, setembro 15, 2005
quarta-feira, setembro 14, 2005
Mário Quintana
Todos os jardins deviam ser fechados,
com altos muros de um cinza muito pálido,
onde uma fonte
pudesse cantar
sozinha
entre o vermelho dos cravos.
O que mata um jardim não é mesmo
alguma ausência
nem o abandono...
O que mata um jardim é esse olhar vazio
de quem por eles passa indiferente.
terça-feira, setembro 13, 2005
12 de Setembro de 2005.
Óvulo se multiplica
Reino Unido produz embriões "sem pai"
Cientistas britânicos anunciaram sucesso na criação de embriões humanos feitos por uma técnica de "concepção imaculada", que não envolve fertilização por espermatozóide ou clonagem.
Os seis embriões viveram três a cinco dias e foram criados como potencial fonte de células-tronco embrionárias humanas.
Cada embrião foi resultado de partenogênese, quando um óvulo se divide numa bola de células sem ser fertilizado, até chegar ao ponto embrionário conhecido como blastocisto.
A pesquisa segue a trilha de outros esforços realizados fora do Reino Unido, em que embriões humanos criados por partenogênese foram obtidos, mas não se desenvolveram por muito tempo.
Paul de Souza, o líder do estudo no Instituto Roslin (mesmo centro responsável pela criação da ovelha Dolly), em Edimburgo, Escócia, disse que, embora a meta fosse obter células-tronco dos embriões, os esforços para isso ainda não foram bem-sucedidos.
"Nós fizemos meia dúzia de blastocistos. Não temos no presente células-tronco embrionárias, isso continua sendo nossa ambição", disse De Souza em reunião da Associação Britânica para o Avanço da Ciência, em Dublin.
A partenogênese -literalmente, "nascimento virgem"- é uma forma comum de reprodução assexuada em muitos animais, mas não em mamíferos, grupo ao qual pertencem os humanos.
De Souza disse que não havia intenção de implantar os embriões no útero de uma mulher e que sua licença governamental da Autoridade de Fertilização Humana e Embriologia era estritamente para pesquisa.
(The Independent, de Londres)
(Folha de SP, 10/9)
segunda-feira, setembro 12, 2005
Minha Gérbera... vai ficar tudo bem.
Eu sei que vai.
***
POEMAS PARA A AMIGA
(Affonso Romano de Sant'Anna)
Fragmento 7
Estranho e duro amor
é o nosso amor, amante-amiga,
que não se farta de partir-se
e não se cansa de querer-se.
Amor todo feito de distâncias necessárias
que te trazem
e de partidas sucessivas
que me levam.
Que espécie de amor
é esse amor que nos doamos
sem pensar e sem querer com tanto amor
e tão profundo magoar? Estranho e duro amor
que não se basta
e de outros amores se socorre
e se compensa
e neste alheio compensar-se
nunca se alimenta,
mas se avilta e se desgasta.
Estranho amor,
ferino amor,
instável amor feito sem muita paz,
com certo desengano
e um desconsolo prolongado.
Feito de promessas sem futuro
e de um presente de saudades.
Chorar tão dúbio amor
quem há-de? Estranho amor
e duro amor
incerto amor, que não te deu o instante que esperavas
e a mim me sobejou do que faltava.
sexta-feira, setembro 09, 2005
Apagar alguém especial da sua memória para não sofrer no futuro parece cruel e dramático, mas acho que um único dia seria o suficiente para evitar sofrimento e sentimentos impróprios. Entro em contradição, gostaria de apagar esse dia, mas foi tão bom que vou guardá-lo sempre em minha memória. O que dói é ver que o personagem principal morreu antes mesmo de existir, ou se existe, não se mostra... parece preso. De qualquer forma tenho que esquecer antes que piore.
(Ia postar isso no meu flog, mas eu odeio o fotolog.net, simplesmente não quis postar ¬¬, então, acho que posso por aqui mesmo, né?! hehehe!!)
quarta-feira, setembro 07, 2005
to triste... sinto como se meu namoro estivesse enforcado... eh... ele tá acabando... nao sou capaz de fazê-la feliz... não eh mesmo meu amor? você fez questão de deixar isso bem claro ontem de madrugada...
só sei te podar, né? nunca te incentivei a nada! especialmente se esse nada fosse algo saudável, algo bom... que iria te fazer um bem enorme, tanto mental quanto corporal...
só sei te dizer que nao gosto qnd toma remedio pra emagrecer, pq prefiro q faça atividade fisica... a nutricionista eh vc ne? vc sabe o q faz... eu nao devo me meter...
só sei ficar brava qnd vc teima em colocar 6 pessoas no carro, qnd vc ainda tem permissão... nao simplesmente pq vc pode perdê-la, mas pq 6 pessoas nao podem usar o cinto, e eu nao me preocupo com a sua vida, nem um pouco...
eu abaixo o som do carro mtas vezes... mas eu nunca tenho dor de cabeça mesmo, né?
eu brigo pra vc reduzir a marcha qnd vai fazer uma curva... mas isso eh pq eu nunca senti na pele o que é perder o controle do carro por entrar com o carro 'solto' numa curva né? eu nao entendo nada de estabilidade mesmo...
eu to cansando de ser sempre aquela que te poda, que te inibe, que te irrita, que te faz triste, que te dxa insatisfeita... to cansando de ser sempre a vilã, sempre ser a culpada pelos inssucessos do nosso namoro...
vc vai ficar triste com esse post? eu sei que vai... mas pelo menos, hora nenhuma, eu disse q vc eh incapaz de me fazer feliz... porque vc sempre faz... eu te amo muito... e desculpa por sempre achar q to fazendo a coisa certa por vc...
eu te amo...
"você nunca tem, mas tb nao se preocupa em ver qnd me corta... e eu acho que soh brincos de borboletas nao sao suficientes... nao quero asas num sentidoegoista, mas no sentido de ser feliz... mas eskece... já to com mil outras palavras e assuntos transbordadndo e nao eh hora... eu soh nao queria dxar de falar pra vc... mesmo que nada mude, E NAO VAI MUDAR, talvez soh pra dxar avisado... sei lá"
segunda-feira, setembro 05, 2005
Ontem eu assisti The L Word com a minha mãe. Ha! Que tudo! Ainda dei sorte que foi o episódio com menos sexo (mesmo na versão cortada!) que já passou até hoje. Nenhuma cena! Maravilha. Se teve um beijo lésbico, foi muito. Acho que entendo porque tem gente que reclama que a 2a temporada tem muito "vamos discutir a relação" e pouca relação. Mas é claro que, na minha conjuntura (hehe, gostaram?), foi um episódio ótimo. Ainda ouvi um pedido bem sincero da minha mãe, tadinha, pedindo para eu nunca virar uma Shane. Ok, ok, mãe. A minha favorita ainda é a Alice.
***
Desculpas imploradas às meninas da sinuca. Mesmo. Tava muito bom, mas sabe como é, se eu ficasse, eu ia acabar com vocês, aí não seria justo que a noite de vocês fosse ruim só porque eu sou foda.
(...)
Tá, tá, desculpas. De verdade. Mas eu precisava ir.
***
Protesto de uma escorpiana revoltada com a campanha da AIDS. Todo mundo já viu, né? Se não viu, vou arranjar o link e postar aqui. Estou vendo minha imagem denegrida pelos quatro cantos do mundo...
(Ahan. Claro. Escorpião com lua em Leão, reclamando de estar na mídia de qualquer maneira que for. Falando sério: a foto tá linda, não tá? Um tesão. hehehe)
***
A última! Eu, sem internet, perco tudo que há de bom no mundo. Hoje checo meus e-mails e tem um "vamos nos conhecer melhor?" de um colega de trabalho (parece chique falando assim!). Oh God! Nessas horas dá vontade usar a saída típica da Margarida (desculpa se não for a saída típica, mas reza a lenda que, com o Doido, foi assim): foi mal, mas eu sou lésbica.
***
Eu tinha dito que era a última, mas aqui vai a última. Quero um psicólogo! A minha virou uma grande amiga. Preciso botar ordem na minha cabeça, urgente. Quem já entrou no meu quarto ultimamente (né, Hortênsia!) já viu como meu mundo está bagunçado. Estou me sentindo sufocada! Alguém tem alguma sugestão?
sábado, setembro 03, 2005
Será uma semana inusitada, em outro pais, com mtas atividades, longe de quase td q conheço, d quase td q me define... e como em pouquissimas vezes, me pego pensando em como agir.... Enfim, tlz nd disso faça sentido, em meio aos meus delirios, escrevo no blog, afim de aliviar a tençao, mas minha atençao insiste em ficar fixa em um grilo um tanto qnto grande q acaba de entrar no meu quarto pela janela... entao, desejem-me boa viagem, pois a partir de agora, estarei saindo do meu mundo, por uma semana. E alem disso, ELA nao me sai da cabeça.
Ate a volta.
=***
quarta-feira, agosto 31, 2005
"A única constante do universo é um coração instável."
(Espantalho do Castelo Animado)
terça-feira, agosto 30, 2005
Não sei como agir, o que fazer, o que dizer.
Não sei mais o que é ser sincera, porque eu sou tantas que me contradigo mesmo dizendo a verdade.
E estou cansada de deixar todos a minha volta sem entender nada...
Agora, as coisas estão quietas, tranqüilas. Parecem que vão se resolver. É preciso esperar...
Não quero pensar... logo eu, que reclamava há alguns dias dessa atitude. Mas talvez seja melhor não pensar.
Eu quero que tudo fique bem, apesar de não saber como.
Não quero me arrepender, não quero me negar. Não quero me sentir culpada por ter feito algo que "eu" não faria. Porque eu faria, sim. E fiz.
O que eu preciso... é me aceitar.
Eu sou assim.
segunda-feira, agosto 29, 2005
Momento brega: Quit Playing Games (With My Heart) - Backstreet Boys
=P
Ok, brincadeira, lembrei dessa música agora. Engraçado...huauhahuahua!!
sábado, agosto 27, 2005
"On the day that your mentality
Catches up with your biology
And if you ever need self-validation
Just meet me in the alley by the
Railway station
It's all over my face"
***
Hoje, festinha das meninas. Já estou lá!
(se alguém me explicar como se chega lá eu serei eternamente grata.)
http://www.fotolog.net/coturnodevenus
quinta-feira, agosto 25, 2005
Eu sempre quis que o problema estivesse em mim. Assim, eu poderia resolvê-lo de alguma maneira. Não quero pensar que, se eu a amasse mais, daria certo. Porque eu não sei como eu poderia amá-la mais do que amei (e amo...). Sinto falta da cumplicidade, do carinho, da convivência de toda-hora. Dos olhares que nos entregavam e dos cógidos que ninguém mais entendia. As noites parecem intermináveis sem as ligações (as "bênçãos") de boa noite. Os dias parecem navegar sem destino... E eu ainda espero um sinal que não irá surgir.
Me sinto perdida.
Tenho muitos amigos - não me sinto só.
Mas me sinto vazia.
***
Me encontrei tanto nela que, quando a perdi, perdi também uma parte de mim.
***
Sempre a contradição emoção x razão.
(Às vezes a emoção se torna tão forte que preferimos sofrer a não sentir.)
***
O que é o certo? Existe o certo? Peço as Deuses que ao menos exista o errado, e que eu não esteja do lado dele.
***
Não quero jogar meus planos fora e fingir que eles nunca existiram. Ainda sonho com tudo que um dia já sonhei... ainda quero o mundo. E quero com ela.
segunda-feira, agosto 22, 2005
Uma hora tá tudo perfeito, tudo maravilhoso... e aí acontece uma coisa, aparentemente estúpida, e caga tudo...
To fazendo ceninha, birra, to de frescura? talvez... na verdade nao sei... Sei que nao to com uma sensação de felicidade dentro do meu peito... muito pelo contrário, eu diria...
Custa muito ligar pra avisar aonde vai? Custa mandar uma msg avisando q vai na casa de sei-la-quem e dps vai ao shopping comprar o presente da sua avo?
Porque só avisa ou tenta se explicar depois que meu humor já foi pras cucuias???
Sei lá... acho que tô fazendo tempestade em copo d'água, ou talvez esteja apenas reclamando de barriga cheia... Afinal, eu tenho uma namorada perfeita que faz tudo por mim, né? Mas as coisas tão mudando né amor? Você mesma me disse que desse semestre pra frente as coisas iam ser diferentes...
E tão mesmo... bem diferentes...
Posso estar ficando cega, ou talvez nao saiba mais interpretar meus proprios sentimentos... Mas uma coisa eu tenho me perguntado todos os dias, de uns tempos pra cá:
Porque será que nao vejo mais aquele fogo nos seus olhos? Porque nao vejo mais aquele amor-escrito-na-testa que via antes?............. Porque sinto que algumas vezes vc diz "eu te amo" só pra se livrar de alguma coisa??
.......................................................................................................................................
Porque nao tenho me sentido feliz o tempo todo, como costumava?...
Meninas, abram os olhos, o pior cego é aquele que não quer ver.
Um beijo a todas.
sábado, agosto 20, 2005
Essa semana está sendo levemente conturbada. Para mim, apenas. Está tudo muito calmo, muito bem, obrigada. "Tentar não pensar", eu juro que tentei. Mesmo. Mas eu não funciono bem assim...
Deve ser o meu imediatismo, eu preciso que tudo esteja bem e resolvido agora e pronto. Ou então, meu romantismo, minha necessidade de ter certeza das coisas pra poder sonhar com elas daqui a 5 anos. Ou sei lá. Sei que eu não consigo parar de pensar... tento achar soluções, mas como achar alguma solução se eu não sei ao certo qual o problema?
Pensei em muitas coisas para escrever durante a semana, mas não saía nada. Agora também não está saindo, mas um desabafo eu precisava fazer. Mesmo que não seja compreendido, até porque eu não estou me explicando bem (e nem pretendo...). Sei lá... eu acho que estou cansada. Fico perdida no meio de incertezas, preciso de segurança. Coisa mais signo de terra, mas é verdade... percebi que preciso de segurança.
Meu dilema dos últimos meses tem sido: quanto você aposta quando não tem certeza do resultado?
Ou sendo mais objetiva... até quando você aposta em alguém quando você não sabe se é isso que esse alguém quer? Até que ponto seu egoísmo está disfarçado de "amor"?
(Exatamente oito meses... e eu não sei o que responder até hoje...)
quarta-feira, agosto 17, 2005
Estive perdidamente apaixonada por uma garota que foi traída pelo ex-namorado duas vezes, sem contar que ele terminou com ela por motivos não coerentes, ocultando a verdade. Pensei mais de mil vezes no quanto ele foi estúpido e burro ao deixar aquela linda criatura escapar de seus dedos. Mas há casos piores, como aqueles que batem em suas mulheres, que oprimem... quantos amores desvalorizados por ignorantes do amor!!!
As mulheres são facinantes e felizes são aqueles que podem desfrutar do amor delas sem preconceito. Então, homens e mulheres: cuidem bem das suas namoradas; mime-as, escrevam cartas, surpreenda-as. Não há nada mais gratificante nesse mundo do que alguém que nos enchergue e saiba nos dar valor. É, exatamente como na música dos Paralamas: "cuide bem do seu amor, seja quem ele for..."
terça-feira, agosto 16, 2005
Questão Identidade
Todo mundo passa pela fase de se assumir perante o grupo, afirmar sua personalidade e seu lugar. Isso acontece com todas as pessoas, quando cada um começa a descobrir seu papel na sociedade. Mas, quando esse papel assume a conotação de regra, imposto social e culturalemnte, a sociedade se enquadra no modelo esperado e cada pessoa perde sua liberdade de ser o que realmente é, perde sua personalidade.
Na sociedade hetero-normativa, a maior perda de personalidades se dá entre as mulheres. Desde cedo, meninas aprendem que seu papel é simplesmente servir aos homens, de forma submissa. Elas estudam, veem todas as possibilidades q o mundo lhes oferece, mas seu destino é certo, pois vao acabar em casa cuidando dos filhos e esperando o marido chagar em casa pra servi-lo.
Vcs devem estar achando q eu sou louca, q eu não sei nd da sociedade atual, pois as mulheres estão trabalhando fora e tendo os mesmos direitos dos homens. E será q isso acontece mesmo? Vejo as mulheres trabalhando fora, mas lutando para ganhar o mesmo salario que um homem ganharia, essas mulheres sofrem violencia frequentemente no seu local de trabalho, são abusadas por seus chefes, cantadas por seus colegas, não têm seu trabalho levado à serio. Será q isso aconteceria se fosse um homem? Claro, td q é generalizado se torna erroneo, mas qndo se tem uma grande maioria na msm situaçao, se torna preocupante.
E qndo a mulher é lésbica? Aí as pessoas até esquecem o significado da palavra respeito. Apenas por se assumir lésbica a mulher ja rompe com todos os padroes da sociedade (imagina, uma mulher nao precisar de homem?!) e qndo ela resolve ir em busca dos seus direitos, lutar pelo respeito ... vira a louca né meu bein (?!). E além do preconceito vindo por parte dos heterossexuais, q tratam as lésbicas como fetiche, pensam q td não passa de brincadeira, q elas vão se cansar e ir correndo pros braços deles, existe uma enorme discriminaçao por parte dos gays, que, por não serem mulheres, não conseguem ver a necessidade de visibiliza-las, gerando a segregaçao do movimento e impossibilitando a formaçao de grupos mistos.
Com isso, nos conscientizamos da importancia da luta das mulheres por seu direitos, da importancia de politicas destinadas as mesmas e pricipalmente as lésbicas que sao invisiblizadas por todos os mevimentos. A necessidade de se ter um educaçao voltada para a solidificaçao da mulher na sociedade, sendo chefe de familia ou trabalhadora, é de fundamental importancia para um futuro melhor e para o reconhecimento das mulheres como cidadãs, merecedoras de respeito e de direitos.
segunda-feira, agosto 15, 2005
Olá, meninas!
Me apresentando: sou a Orquídea, tenho 19 anos, adoro música, parênteses e reticências, e me apaixonei pela primeira vez no fim do ano passado por uma capricorniana que me tirou de órbita. Minha primeira paixão, e meu primeiro relacionamento homossexual. Já tinha ficado com muitos garotos, namorado séculos com outros, e apesar de já ter beijado uma ou outra menina eu sempre dizia que "não era a minha". (E não era mesmo!) Mas sabe que, até hoje, com quase 8 meses de namoro, eu nunca tive uma crise de sexualidade?
É claro que uma coisa aqui e ali a gente pensa. Será que eu também posso me apaixonar por homens? Sou lésbica ou bi? Mas eu não sou o estereótipo! (sim, eu pensei isso...) Será que a separação dos meus pais influenciou alguma coisa? (aaah! Eu admito! Eu já me peguei pensando isso!)
Enfim... a gente pensa muito, e pensa muita besteira. Mas crise, mesmo, de aceitação, até agora nada. E eu acho que isso se deve muito a uma palavrinha que eu ouvi faz algum tempo.
Era Carnaval, eu estava perdidamente apaixonada e com dor de cotovelo (ah!, mulheres e seus "tempos"...), e tinha viajado com meu irmão. Saí com várias amigas dele, e uma dessas amigas estava escrevendo uma tese sobre casais homoafetivos, e era homoafetividade pra cá, homoafetividade pra lá, sempre essa palavra. Eu estava ficando com a minha capricorniana não fazia 2 meses, mas eu tinha certeza de tudo que eu sentia, e o fato de saber que aquilo era eu, pura, com meus sentimentos mais reais e intensos, tirava qualquer medo que eu pudesse ter da tal "homossexualidade". E foi aí que me deu o clique...
O que pega não é a homossexualidade. Não é o fato de eu beijar um homem ou uma mulher que vai me tornar lésbica, bi, ou hétero. Ter nojo de dar um beijo em uma menina é hoje mais indício de homofobia do que de heterossexualidade... o que pega, mesmo, é a homoafetividade. É o gostar, o sentir, o se apaixonar. Beijos, já dei em meninos e meninas. Com os dois, senti a mesma coisa. Agora, essa paixão, esse amor, só senti uma vez na vida, e está sendo agora, com outra mulher.
Não sei o que sou: se sou bi, se sou lésbica. Hétero já tenho certeza que não sou. E tenho certeza de que vai ser muito difícil sentir isso por um cara... mas não quero pensar nisso agora. Nem vejo razão... sei que eu só vou saber o que sou com o tempo e com outras experiências. Tenho a maior sorte do mundo de ter uma família que me aceita, e até brinca com a minha sexualidade. Por enquanto, quero viver e quero sentir. Não quero reduzir meus sentimentos a uma mera conduta sexual, e não quero sexualizar meu amor: quero sonhar, voar, me entregar de corpo e alma. Quero ser feliz. Seja estando num relacionamento homoafetivo ou não.
Aqui é Dama-da-noite, apenas para dar um alô para todas aquelas lindas flores que já desabrocharam, ou que ainda escondem sua beleza dos olhos de outras flores muitíssimo curiosas...
Não se acanhem: perguntem, explorem, decubram...
Porque "há flores por todos os lados, há flores em tudo o que eu vejo..."(Titãs)
domingo, agosto 14, 2005
Somos um grupo de garotas entre 17 e 19 anos. Temos gostos, opiniões e histórias bem diferentes. Porém, algo nos une: o amor por outra menina.
Nós, fundadoras do "Jardim", sempre nos sentimos deixadas de lado pelos meios de comunicação. Na Internet, a maior parte dos sites GLS é voltada para homens gays; na televisão, o único programa a abordar abertamente a temática lésbica só é transmitido por um canal pago, e mesmo assim com cortes; e se encontramos alguma visibilidade entre mulheres artistas (escritoras, musicistas, artistas plásticas, atrizes...) é porque temos a licença poética da excentricidade artística...
Nossa proposta é criar um espaço onde possamos contar nossas experiências, dividir medos e angústias e reunir meninas como nós. Queremos oferecer uma visão mais íntima e real do que é o amor entre mulheres: as dificuldades, as alegrias, as peculiaridades. Lésbicas ou bissexuais, assumidas ou não - todas são bem-vindas. E para cobrir toda essa diversidade, temos entre as escritoras-fundadoras desde uma ativista lésbica até gente que está se descobrindo agora, passando por um casal de namoradas. Nossos relatos são verídicos, apesar de nossos nomes não o serem. Sonhamos todas, porém, com o dia em que não precisaremos mais nos esconder atrás das Flores; o dia em que não teremos medo de ser nós mesmas fora de nosso Jardim Secreto.